nas expectativas e/ou perspectivas

segunda-feira, 23 de julho de 2007

De amor e de incoerências

“Nunca te esqueças de mim.”
E eu respondo “Nunca! E nunca desistas de mim.” Recebo os meus beijos e evito olhá-los nos olhos com receio que me descubram na minha emoção.
Neste nunca, o “nunca digas nunca” não tem lugar. O nunca que eu lhes digo é mesmo um nunca muito... muito prolongado e sentido.

Todos os meus fins de semana tem direito a esta frase, todos eles sem excepção. Normalmente concluem uma série de frases que foram ditas e sussurradas directamente ao meu coração. Invariavelmente, inicio a viagem de regresso com umas lágrimas contidas para não mostrar o quanto me emocionam, o quanto os prezo, o quanto os amo, sinto que por mais que lhes agradeça ainda estou em ingratidão...

E mesmo assim preciso do meu espaço...Incoerente isto o que me tornei...
Corro para lá, pela paz, pelas saudades, pelo amor que me dão e que dou (estranho sentir saudades de dar carinho, mas às vezes passo pelos dias apenas pelo simpática, esqueço de sentir as pessoas para não me entristecer com o que para mim é mais sentido)...
Corro para cá pela paz, pelo porto com que me identifico... incoerente quando admito que é na viagem que me sinto melhor... pela sensação de liberdade que também já sinto repudiar.
É como chegar a algum lugar e mesmo antes de acabar de beber o café, saber que já ali estive tempo a mais, sem conseguir apreciar...mais o é (incoerente), quando sinto e sei o que é; e onde está a minha estrutura.

Não é fácil dizer que se ama alguém... e são muitas as vezes que tenho vontade e nem sempre o consigo dizer, e neste caso, estes alguéns amam-me incondicionalmente...

É tão fácil ser-mos menos de nós... mas é dentro deste egoísmo que me ajudo e aceito o que mais prezo, e não só pela tentativa de explicar nele um bocadinho dos outros .

Amo incondicionalmente as pessoas que aqui falei e por mais rápido que escreva os dedos e as teclas não acompanham o que está cá dentro. Com eles estou sempre em débito com as palavras, mas nunca com os meus sentimentos.

A sorte e a felicidade que sinto em ter-vos!

E para ti que me estás a ler e que me conheces muito além deste blog, quero dar-te e sentir o teu abraço!

Bem hajam.

14 comentários:

piipiis disse...

bora dar um abraço logo?

naoviraraocontrario disse...

olha eu gostava...muito muito muito mesmo...mas logo não posso...:(

Anónimo disse...

Minha querida, concordo contigo que não é fácil dizer a alguém que amamos o quanto gostamos dela, muitas vezes é mais fácil fazer um carinho, dar um beijinho ou dar um presente, mas realmente a palavra amo-te muito não é algo que, pelo menos para mim, seja muito fácil de sair.

Talvez seja em parte fruto desta sociedade em que os homens têm de se mostrar mais fortes e não devem expor os seus sentimentos como as mulheres, sob a pena de serem apelidados de lamechas e mariquinhas.

Mas é também algum medo de expor o meu mais intimo ser e depois sair magoado. Quando somos jovens e inocentes é muito fácil atirar a palavra amo-te a torto e a direito, mas conforme vamos crescendo e a vida nos vai ensinando, a bem e a mal, vamos reservando essa palavra para aquelas pessoas verdadeiramente especiais, os pais, os irmãos e a pessoa amada e talvez sem querer acabamos por a utilizar cada vez menos.

Assim aqui fica para todos os meus amigos e entes queridos, a quem provavelmente nunca o disse: amo-vos, com todas as vossas qualidades e defeitos. A minha vida não seria o que é sem vocês :)

piipiis disse...

bem, já que o 'abraço' logo vai ficar adiado, vai agora um já e de seguida que não me sai da cabeça desde que li o teu post!
http://www.youtube.com/watch?v=my_NmwHUoio&mode=related&search=

naoviraraocontrario disse...

É dizemos mais vezes amo-te a pessoas que ainda não são parte de nós...e esquecemos as que o são.

Ou então, simplesmente não dizemos, é uma palavra pequenina... mas gigantesca nos "sentidos"...(caso para dizer MEDO, muito medo!)

piipiis disse...

vá, acho que já podes ir lá,.... embora ainda seja um pequenino devaneiozito aleatório ihihihihih
vê tudo em http://www.queridomudeidecasa.blogspot.com/

andre disse...

é dificil saber o que fazer quando se sente o que sentes.

Tentei mudar as coisas fazendo uma visitinha surpresa aos meus avós e passei o dia com eles.... sem nunca dizer que os amo acho que perceberam bem a mensagem. E agora parece que tenho ainda mais saudades deles.

Mas a vida é feita de vida e de morte e teremos que viver com isso quer queiramos quer não pois a ciencia ainda não faz não acontecer o inevitável. E ainda bem.
A verdade é que para mim somos apenas carne e osso e porque não aproveitar então tudo o que temos à nossa disposição em vez de pensarmos tanto nas coisas e acabar por não fazer nada?
Sentes os fins de semana a passar e o tempo passa sem que nada mude ... mas quem melhor para o mudar que não tu? So dependes das tuas mãos braços e pernas e boca. Preto no Branco é isto que nos prende ao sofá do xico e ao teu cubículo no teu porto querido.
Mexe-te
Insurge-te
Age
Exige ... de ti

naoviraraocontrario disse...

Para ti andré...por seres o "puto" que mais me ensinou (dentro da categoria "puto mais novo")...nove palavrinhas...

Continua a ser a consciência do meu mais inconsciente :)

Fazes pelo norte muita falta :)

Unknown disse...

esse puto nao faz muita falta no norte.. o norte é que faz muita falta ao puto..

quanto a ti MONITA, quando quiseres dar o abraço que me deves, sabes onde me encontrar..

Beijo

Unknown disse...

ou melhor eu vou encontrar-te para te dar o abraço... quando menos esperares .........

naoviraraocontrario disse...

Caso para dizer novamente... MEDO, muito MEDO! :)

Agendas esse abraço para domingo?

Vá,.. por mim podia ser quinta...mas já sei.. ai coisa e tal o sofá né?

Unknown disse...

quando menos esperares virada, quando menos esperares ...

piipiis disse...

ó pá!! Domingo não era para mim 'aquele abraço'???? ai ai,.subreposições de abraços??? ai

naoviraraocontrario disse...

Oficializando então a reunião/sobreposição do "abraço blog", domingo pelas 17h no Ibar.

Para os que não lêem o blog (só porque divago muito), pronto não faz mal que não apareçam...