nas expectativas e/ou perspectivas

domingo, 29 de julho de 2007

Cronologias de "acordares"

29 de Julho...
Dia que recordo sempre com alguma tristeza, alguma mágoa...mesmo tendo sido ele um dia de alguma alegria para mim.
Dia, que só não passa por um dia mais no calendário, porque em tempos (há alguns anos já) me acordou de uma sabedoria de inocentes ...aliás; não foi esse dia que me acordou...mas foi esse dia que marcou o inicio... o pestanejar desse acordar.

Este dia deu inicio a um outro dia... e a um outro acordar ... o sentir uma outra pessoa a chorar ... e esta pessoa é tudo para mim!...
Talvez porque não passei pela experiência, e por já na altura, achar que não a viveria...vivi-a um pouco dentro de mim.

E é angustiante vê-lo chorar.
Ele que sempre tem uma palavra de calma e de paz,
ele que me chama à razão (e que o oiço verdadeiramente!)...
ele que está em mim, mesmo em ausências.

Recordo o dia em que sonhei que ele era um vampiro e me mordia, pelo sentido do querer dar-me vida...
Não investiguei Freud nesse dia... eu explicava esse sonho por sentir o quanto gostamos...por sentir o quanto importantes somos um no outro.
Vou-lhe telefonar, não porque queira falar-lhe desta data...mas para sentir como ele sente este dia... Todos os anos o faço...e mesmo que a conversa se passeie ou não pelo assunto, sabemos o que está atrás das palavras... não o precisamos de dizer...basta senti-lo...e entre nós as palavras que não são ditas...são entendidas e são sentidas...não existem dúvidas do que as entrelinhas dos improvisos e dos silêncios querem significar.

És realmente demasiado de mim e em mim, e quero sempre registar o meu muito obrigada por isso.

Já tinha passado por um outro acordar nestas coisas do inocente...esse dia já mais velho e distante...20 de Junho ... deste dia não volto a falar, até porque; as palavras já não são verdadeiros testemunhos do que senti...foi resolvido...passou a ter apenas palavras tratadas...minuciosamente escolhidas.
Ambas as datas foram concretizadas e apagadas em mim...recordo apenas; e em névoa o que cresci pela passagem desses dias.

Hoje sonhei com uma outra pessoa...aliás, vivo dela muitas vezes nos meus sonhos (e aqui está mais um atropelamento, uma vez que é raro recordar-me deles).
Acordei angustiada e ainda não era o horário para acordar, não sei se foi pelo sonho, se pela repetição dele em tão poucos dias... (eu que habitualmente não me recordo dos sonhos !?!?)...
Este sonho tinha uma cara e essa cara chamava aflitivamente por mim...
Acordei agoniada ...
A razão explicava-me que não era alguém que chamava a minha ajuda ...era sim!... um grito dentro de mim ...e para mim.
Freud deveria explicar, mas eu não tenho bagagem suficiente para estas matérias...

E apesar de sentir este "chamar" de mim e para mim, não tenho dúvidas que existe um "gigante no sentir" dentro de mim para algumas caras como esta...mesmo que este sentir esteja agora encostado às recordações...

1 comentário:

piipiis disse...

É interessante este paradoxo no recordar destes dias que marcam o início de algo mais que certamente abala a nossa 'inocência'.

É um misto de alegria e tristeza. Pq se por um lado 'crescemos'ao vislumbrar algo mais, tb ganhamos mais peso fruto da responsabilidade acrescida dessa maturidade.

Um dos meus dias é o dia 17 de Janeiro. Sem dúvida.