nas expectativas e/ou perspectivas

terça-feira, 31 de julho de 2007

(Des)Pist(e)as... de Julho

Nestas coisas de blogoesfera, todos (ou então nem todos) tentamos escrever sem nos dar demasiado a conhecer...o que não deixa de ser um "contra-natura" nestas coisas do escrever...quando se corrige uma ideia, as palavras deixam de escrever o sentido delas...

Mas hoje 31 de Julho...Imponho-me um balanço destes primeiros 20 dias dos "pensares" pela blogosfera.

Despistes a registar:

Lavar a loiça na máquina, e só depois de ter lavado quase toda a loiça novamente à mão, descobrir que a pastilha do detergente nunca lá tinha entrado.
Descoberta que me valeu menos uma viagem ao supermercado.
Agravada pela situação de ter posto uma roupa no estendal e a côr ter mesmo queimado...

Visita ao médico, depois de um banho fresquinho ... ficar em fila durante 45 minutos sem ar condicionado e com o termómetro a registar os 38º...
chego! obviamente atrasada e envergonhada ... "cheirou-me" que além de mim, carregava todo um autocarro de gente atulhada num bom dia de verão...

Esperar 40 minutos no carro à porta de casa de uma amiga, e a àgua que me escorria no corpo confirmava os 40º que o termómetro indicava...
Desnecessário esperar por alguém que já estava no local onde pretendíamos ir. Coisa que compreendi apenas 40 minutos depois; e só depois de vários telefonemas de pressão "do vá rápido que não aguento o calor"... (lingua portuguesa é mesmo traiçoeira!, confirma-se!)

Trabalhar no sabádo à tarde, com o objectivo de fazer uns testes que dependiam de uns serviços que tinham adormecido sem aviso prévio.

Ontem, apressada (vá mais ou menos :)) ... entro na AEP em direcção ao Porto.
Venho eu a pensar na vidinha e nas taxas anuais efectivas globais...quando de repente e vindo do nada (aliás do nada não!) entra um carro na faixa da esquerda abandonando assim a fila que ele (o sr que ontem passou a ter mais umas alcunhas) estava.
E lá vem ele, em velocidade que não atinge os valores mínimos deste nome, e mete-se à minha frente e a menos de 20 metros de mim!?!? (sim! não há aqui qualquer exagero!)
Foi uma aparatosa travagem, o carro guinou; xiou e ainda fez as suas marca ali pela rotunda da AEP.
Borbulhava de fúria...e mesmo passando já das 22h, ...confesso que acompanhei com uma sinfonia furiosa (vá ...um digno buzinão) as alcunhas que com pouca criatividade lhe coloquei...
E ainda dizem que as mulheres não sabem conduzir???? Oh pá, Tenham dó!
Vá ...peço desculpa ao sr. pelas alcunhas que lhe dei ... (os homens ao volante são mesmo distraídos :)

Contra-despistes:

Mais de 100 km de caminhada.

"Io parlo italiano"...non é vero!...para falar a verdade desde que iniciei o blog o estudo tem ficado descurado.

As gargalhadas que dei no "Ibar", ...sitio mágico este! Ultimamente quando não estou lá, estou a caminho de lá.

"O Solar do Vinho do Porto", para quem quer impressionar ou ser impressionado. Um local que está registado no "visite você mesmo!" do Porto.

Os chás na "Rota do Chá" do "Artes em Partes".

A minha recente aquisição...sim é oficial! comprei a minha bike (linda e da cor do meu Porto), e com direito a luvas e tudo.

Andava eu indecisa e sempre a "passear-me" em mais uma dúvida ...
esta não tem velocidades...uhm
esta não é roda 26...uhm
esta de tantas velocidades vai-me stressar,...ai vai vai !
esta não parece ter material fófinho...uhm
esta é perfeita mas excede o orçamento...

Depois de todas estas questões, conclui quero duas rodas e um guiador! quanto ao resto logo se verá!... e lá estava eu a caminho do continente :)
Acabei por me decidir pela mais barata...
pela que tem 18 velocidades ( e não queria eu, complicar o meu sistema :))...
e ainda tenho dúvidas que aquela roda seja mesmo 26, ou então a almofadinha do assento está mesmo baixinha.


E a cor... acabou por ser aquela.... por ser o menor dos males que ali ainda havia :),
quanto ao material fófinho :)...bom melhor nem comentar aqueles apliques (pregos de rosca; acho eu) que colocaram no volante.

Quanto ao transporte da bike para casa? Bom... fez-me recordar o dia em que eu e o meu amigo André fomos comprar a cama dele ao IKEA...
Para poupar no transporte da entrega ao domícilio (até porque ele morava ali perto, em Campo de Ourique) arriscamos levar a caixa com mais 2m de comprimento no Peugeot 106 (um carro que já de si tinha as suas manhas :)...grande carro esse André!...mas de manias!)
Colocamos a caixa dentro do carro...era perfeito! rés-vés campo de ourique para o comprimento útil do veículo. Medidas que o vidro da frente não suportou no momento exacto em que o André fechou a mala do carro! :) Ups...carglass:) (Ao contrário do que se fazia prever, ele ainda conseguiu soltar umas grandes gargalhadas...)

Ontem e depois de uma "estafadeira" para colocar a bicicleta dentro do carro (eu condutora nata, não chegava para conduzir os dois veículos!)
Ora tentava primeiro a roda dianteira, ora a roda traseira...
ora tirava a bicicleta para fora novamente...ora levantava a cabeça e procurava com alguma ansiedade uma ajuda (ajuda que nunca chegou!)...lá fui eu para casa com uma roda dentro e outra fora da mala.. divertidissima a "arranhar" umas melodias...do tipo lá lá lá, lá lá lá... (E tudo que era ocupantes de veículos olhavam para mim :) ...uhm seria para a bike?!?)

É verdade que ainda não a experimentei, mas de hoje não passa!
"Dêem lá os olhinhos nela"...é linda! ...pronto imaginem-na em azulinho bébé, perfeita vá!

Sinto-me mesmo gorda de orgulho com ela :)

segunda-feira, 30 de julho de 2007

E a lua desapareceu...

Foi assim que terminou mais uma conversa longa com o meu amigo de lisboa.
Primeiro desapareceu o cargueiro e depois desapareceu a lua... indicador que são horas de ir embora...
Na bagagem mais uma conversa para reter, acompanhada de momentos de grandes gargalhadas.

Lá estavamos nós no Ibar da praia do aquário...sim!, aquele bar que fica em cima das primeiras rochas de mar (tal como gosto de dizer, só para provocar a nuvem :))...
Um bar onde já sou recebida com sorrisos por estar a voltar...gosto de me sentir assim...bem-vinda mesmo que num lugar que tenha que consumir para lá estar.

Eu estou sempre do lado de lá desta conversa.
Ele muito sábio no uso das palavras, no dom que tem em se exprimir. E eu invariavelmente a direccionar a conversa para dentro de mim, a recordar em mim o que me é idêntico nele...o quanto tocaram fundo as palavras dele, o quanto me são familiares!
Ás vezes a nossa consciência ganha voz e fica mais clara na experiência de uma outra pessoa...
Ás vezes pelo que sinto, é-me ingrato estar dentro de mim...mas foi sempre pelo que senti ... que me senti uma pessoa melhor e que sou verdadeiramente feliz.

Dissemos adeus... para os cargueiros e para a lua o meu adeus foi somente um até amanhã...e este até amanhá, foi confirmado porque faz hoje uma semana que este amigo nos visitou. Gostava de gozar mais da companhia dele, mas alegra-me saber que posso ir compondo as saudades (mesmo que por uma extensão) deste amigo que gosto muito.

Hoje está um cheiro a maresia que me deixa inquieta...ora escrevo umas palavras, ora vou a janelinha para o cheiro se fazer sentir mais....mas eu adoro, simplesmente adoooooro este cheiro a maresia...
Não sei se o excesso destes "adoro", se devem ao facto de ter dito agora um "até breve" a alguém que simplesmente adoro! (cá está ele novamente)...sim! penso que influencia!
Eu sou destas coisas ou gosto..ou gosto...ou adoro!...aos outros não tenho memória.

Bom hora de ir ver o CSI, está muito quente, e não é só porque o portátil está nos joelhos e está em sobre-aquecimento...o verão hoje finalmente fez-se sentir!

domingo, 29 de julho de 2007

Cronologias de "acordares"

29 de Julho...
Dia que recordo sempre com alguma tristeza, alguma mágoa...mesmo tendo sido ele um dia de alguma alegria para mim.
Dia, que só não passa por um dia mais no calendário, porque em tempos (há alguns anos já) me acordou de uma sabedoria de inocentes ...aliás; não foi esse dia que me acordou...mas foi esse dia que marcou o inicio... o pestanejar desse acordar.

Este dia deu inicio a um outro dia... e a um outro acordar ... o sentir uma outra pessoa a chorar ... e esta pessoa é tudo para mim!...
Talvez porque não passei pela experiência, e por já na altura, achar que não a viveria...vivi-a um pouco dentro de mim.

E é angustiante vê-lo chorar.
Ele que sempre tem uma palavra de calma e de paz,
ele que me chama à razão (e que o oiço verdadeiramente!)...
ele que está em mim, mesmo em ausências.

Recordo o dia em que sonhei que ele era um vampiro e me mordia, pelo sentido do querer dar-me vida...
Não investiguei Freud nesse dia... eu explicava esse sonho por sentir o quanto gostamos...por sentir o quanto importantes somos um no outro.
Vou-lhe telefonar, não porque queira falar-lhe desta data...mas para sentir como ele sente este dia... Todos os anos o faço...e mesmo que a conversa se passeie ou não pelo assunto, sabemos o que está atrás das palavras... não o precisamos de dizer...basta senti-lo...e entre nós as palavras que não são ditas...são entendidas e são sentidas...não existem dúvidas do que as entrelinhas dos improvisos e dos silêncios querem significar.

És realmente demasiado de mim e em mim, e quero sempre registar o meu muito obrigada por isso.

Já tinha passado por um outro acordar nestas coisas do inocente...esse dia já mais velho e distante...20 de Junho ... deste dia não volto a falar, até porque; as palavras já não são verdadeiros testemunhos do que senti...foi resolvido...passou a ter apenas palavras tratadas...minuciosamente escolhidas.
Ambas as datas foram concretizadas e apagadas em mim...recordo apenas; e em névoa o que cresci pela passagem desses dias.

Hoje sonhei com uma outra pessoa...aliás, vivo dela muitas vezes nos meus sonhos (e aqui está mais um atropelamento, uma vez que é raro recordar-me deles).
Acordei angustiada e ainda não era o horário para acordar, não sei se foi pelo sonho, se pela repetição dele em tão poucos dias... (eu que habitualmente não me recordo dos sonhos !?!?)...
Este sonho tinha uma cara e essa cara chamava aflitivamente por mim...
Acordei agoniada ...
A razão explicava-me que não era alguém que chamava a minha ajuda ...era sim!... um grito dentro de mim ...e para mim.
Freud deveria explicar, mas eu não tenho bagagem suficiente para estas matérias...

E apesar de sentir este "chamar" de mim e para mim, não tenho dúvidas que existe um "gigante no sentir" dentro de mim para algumas caras como esta...mesmo que este sentir esteja agora encostado às recordações...

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Despenalização do barramento às paginas na web

Não resisto a partilhar este vídeo...
sou fã incondicional destes 4 "gigantes" ...


Aqui vai o verdadeiro e genial apontamento de "Uma menina que reside em cascais, que está visivelmente impressionada com brilhantismo do Marcelo Rebelo de Sousa" (por Ricardo e Diogo dos Gato Fedorento)



Plagiando a ideia, as mímicas...e nomeadamente o dentinho branquinho...
permito-me a ousadia deste pequeno devaneio deste fim de dia...num local onde até as páginas de pesquisa de emprego estão censuradas.

Entendo-o como um descomprimir... um alívio! ...

Já "fervilho" pela expectativa do fim da semana...
e estou já em ausência de alguns elementos com quem partilho (entenda-se esta partilha como partilha de espaço) estas 40 horas semanais...
estou má, estou muito má!...

Mas foi deste dia; com muitos "enroladinhos" de mão e perdido em demências que decidi fazer o meu referendo e já!

Sublinho novamente o plágio de todo o diálogo.

O Referendo da "Despenalização do barramento às paginas na web."

Uma coisa é a despenalização do barramento às paginas na web, ...
Outra coisa é a liiiii...beralização do barramento às paginas na web...
Concordo com a primeira parte da afirmação, discordo da segunda parte da afirmação, tenho dúvidas em relação a 3 vírgulas e sou contra o ponto final. (aqui com as mãos em posição "maestro")


Eu, uma menina do Norte e visivelmente impressionada com os critérios de censura praticados por aqui, registo aqui as minhas questões previamente ensaiadas...:)

posso ver este vídeo?...
          «sim! (enroladinho de mão direita para a direita)
posso fazê-lo agora?
          «exacto! (enroladinho de mão direita para a esquerda)
mas não é proibido estar a ver este vídeo em horário de trabalho?
          «é! (enroladinho de mão direita para a direita)
mas não estaria a faltar à convocação da restruturação da empresa?
          «estava! (enroladinho de mão direita para a esquerda)
Pontuava no não cumprimento do meu contrato de trabalho?
          «Pontuava! (enroladinho de mão direita para a direita)
mas como é que a empresa me punia?
          «de maneira nenhuma! (enroladinho de mão direita para a esquerda)
mas isso não é um bocadinho incoerente?
          «tshssss... (dahhh da mão direita em direcção à testa)
          «é proíbido... (enroladinho de mão direita para a esquerda)
          «mas pode-se fazer...(enroladinho de mão direita para a direita)
          «mas é proibido... (enroladinho de mão direita para a esquerda)
          «mas pode-se fazer... (enroladinho de mão direita para a direita)
          «só que é proibido... (enroladinho de mão direita para a esquerda)
          «só que ninguém sabe quem você é... (enroladinho de mão direita para a direita)
          «nem sabe o que você faz!... (enroladinho de mão direita para a esquerda )
          «portanto o que é que acontece a quem o faz? ...(enroladinho de mão direita para a direita)
          «nada ...(enroladinho de mão direita para a esquerda)
          «é proibido ...(enroladinho de mão direita para a direita)
          «mas pode-se fazer ...(enroladinho de mão direita para a esquerda)
          «só que é proibido ...(enroladinho de mão direita para a direita)
portanto posso ver o video?
          «pode! (enroladinho de mão direita para a esquerda)
mas não é proibido?
          «é! (enroladinho de mão direita para a direita)
e o que me acontece?
          «nada! (enroladinho de mão direita para a esquerda)

Ufa!!!..e assim foi o culminar destas 40 horas num grupo de névoa e em demência.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

De novidades ...vivo do acontecido

O objectivo deste blog não passa definitivamente por ir divulgando o que está para acontecer...não! desenganem-se, no máximo poderei fazer uma passagem ou outra pelo que já foi acontecendo aqui pelo Porto..."and what else is new?"

Assim sendo se precisam de saber as novidades, ou já se cansaram dos meus "dizeres de divagação" consultem o "diz a verdade e foge";
o "nunca digas banzai";
o "querido mudei de casa";
o "nao penses nisso";
o "le petit fred";
o "pega na lancheira e vai levar o almoco ao pai"
por lá escreve-se bem,
...sentem-se as palavras,
...sentem-se as causas das palavras...
por lá conseguem saber as novidades e deambular com e sem divagações.

Afinal eu vivo do acontecido e tento no desconhecido construir o que vai acontecendo.

Mas pelo "Dali no Porto" tenho que abrir uma excepção ( dependendo do que vai acontecendo por cá, será única ou não :).


Salvador Dali - Mestre do surrealismo - Séc. XX
"Eu vivo em permanente estado de ereção intelectual."

"Como posso querer que meus amigos entendam as coisas loucas que passam pela minha cabeça, se eu mesmo, não entendo?"

Palavras de Salvador Dali




Parece-vos familiar?!? Dentro de cada um de nós poderá não ter surgido estas palavras, mas tenho sérias dúvidas se a causa delas não estão sempre presentes...ou então ando mal informada sobre os frequências deste blog :)

Assim sendo, fica aqui um apontamento aos mais desavisados, o surrealismo (e desta vez o mestre) "passa" com a sua obra por cá...por cá claro, pelo Porto!

O Palácio do Freixo recebe, a partir de 1 de Agosto até 4 de Novembro, 285 peças de Salvador Dali , entre desenhos, esculturas e quadros originais.
girafa em chamas
"Mulher Nua Subindo a Escada",
"Cavalo com Jóquei Tropeçando",
"Homem sobre Golfinho",
"Perseo" e "Trajano a Cavalo",
enfim um sem número de obras da mente que desde pequena acho genial.


De Segunda a Quarta: 10.00h às 22.00H
De Quinta a Domingo e Feriados: 10.00h às 24.00h


Preço dos Bilhetes:
4€ Público em geral
2€ Clientes Caixa Geral de Depósitos; Grupos (+ de 15 pessoas); Seniores (+ de 65 anos); Estudantes

Gratuito: Crianças até aos 12 anos (Advertência: É gratuito, mas não será muito educativo ler este blog)

Vamos poupar 2 euros?
Será que existem mais de 15 pessoas que lêem este blog e que gostem de Dali? (Restam apenas dúvidas quantos aos gostos, quanto às 15 pessoas ...bom ...a minha modéstia diz-me que é melhor não comentar :))))

Vamos acertar as agendas?

segunda-feira, 23 de julho de 2007

De amor e de incoerências

“Nunca te esqueças de mim.”
E eu respondo “Nunca! E nunca desistas de mim.” Recebo os meus beijos e evito olhá-los nos olhos com receio que me descubram na minha emoção.
Neste nunca, o “nunca digas nunca” não tem lugar. O nunca que eu lhes digo é mesmo um nunca muito... muito prolongado e sentido.

Todos os meus fins de semana tem direito a esta frase, todos eles sem excepção. Normalmente concluem uma série de frases que foram ditas e sussurradas directamente ao meu coração. Invariavelmente, inicio a viagem de regresso com umas lágrimas contidas para não mostrar o quanto me emocionam, o quanto os prezo, o quanto os amo, sinto que por mais que lhes agradeça ainda estou em ingratidão...

E mesmo assim preciso do meu espaço...Incoerente isto o que me tornei...
Corro para lá, pela paz, pelas saudades, pelo amor que me dão e que dou (estranho sentir saudades de dar carinho, mas às vezes passo pelos dias apenas pelo simpática, esqueço de sentir as pessoas para não me entristecer com o que para mim é mais sentido)...
Corro para cá pela paz, pelo porto com que me identifico... incoerente quando admito que é na viagem que me sinto melhor... pela sensação de liberdade que também já sinto repudiar.
É como chegar a algum lugar e mesmo antes de acabar de beber o café, saber que já ali estive tempo a mais, sem conseguir apreciar...mais o é (incoerente), quando sinto e sei o que é; e onde está a minha estrutura.

Não é fácil dizer que se ama alguém... e são muitas as vezes que tenho vontade e nem sempre o consigo dizer, e neste caso, estes alguéns amam-me incondicionalmente...

É tão fácil ser-mos menos de nós... mas é dentro deste egoísmo que me ajudo e aceito o que mais prezo, e não só pela tentativa de explicar nele um bocadinho dos outros .

Amo incondicionalmente as pessoas que aqui falei e por mais rápido que escreva os dedos e as teclas não acompanham o que está cá dentro. Com eles estou sempre em débito com as palavras, mas nunca com os meus sentimentos.

A sorte e a felicidade que sinto em ter-vos!

E para ti que me estás a ler e que me conheces muito além deste blog, quero dar-te e sentir o teu abraço!

Bem hajam.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

1/2 hora de photoshop

O meu muito obrigada à nuvem pelo novo look deste blog.

Depois de uma acessa discussão no nuncadigasbanzai, disse-lhe eu: podias ajudar-me a encontrar o hexadecimal que se identifique comigo.
Ela, que na altura estava a criar o blog dela, disse-me "oh pá!, agora tenho o meu!amarelinho bem fixe:)"

Após alguma resistência e no final de uns quantos #7385c9
#466388,#13a6b3,#49517a,#056169,#410343,#13qqcoisa (gostei particularmente deste último), lá estava o meu blog novo...sóbrio e elegante. Obrigada amiga!

Ela é a "expert" do photoshop, e é um título bem merecido ...vê-a em queridomudeidecasa

Vontades do/no não dormir

Após uma tentativa, e outra ... decido não dormir. Ainda não perdi este vicio, mas ando mais apostada em vencê-lo... mas hoje não! ...é tarde..também é cedo ...depende só da perspectiva de quem ainda está ou já foi acordado...

Horários flexíveis? Utopia!...mas que me falam deles falam!...Acredito que os pratico até à hora de conseguir adormecer , mas é uma crença que tem hora de desacreditação marcada. Sei que não é sinal de grande serenidade ... até porque já se adivinha um grande desafio, na hora em que despertador teimar em me acordar.

Mais uma viagem até ao frigorifico, e mais uma garrafa de àgua com gás...reparei que está cheio de super-bock’s...e não percebo como foram lá parar... estranhas questões que me coloco a estas horas.

Pensamentos atropelam os anteriores, até porque não vou ter tempo para os fundamentar ...assim sendo a esta hora ficam só por tópicos... Se não os fundamentar amanhã não me vou recordar :((mas o tempo ocupa demasiado espaço já no meu amanhã). A esta hora o que sinto, é a saudade de adrenalina e não consigo canalizar um pensamento numa única direcção.
Numa reflexão mais pessoal não sinto que seja assim tão mau...mas reconheço estar anestesiada.

Há uns meses atrás e numa noite como esta, e já depois de ter passado a fase da tentativa de me obrigar a dormir, depois de ter esquecido o pensamento do “não consigo dormir”...mudei de posição e olhei na direcção da casa que tem mais amplitude...senti o silêncio, e foi mesmo uma sensação fria, incomodativa dentro de mim... Resolvi vender a minha casa nessa noite! Vesti-me e saí, voltei com um contrato de venda. Os dias passaram do animado ao angustiado, tinha que agora arranjar um bom argumento para cancelar o contrato. Foi aí que decidi, tópicos, tópicos, tópicos...não volto a concretizar as ideias mais noturnas...

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Boalhosa - Ponte de Lima ...à frente da Casa do Aleixo



Com António Saraiva, filho do Quim Augusto e sobrinho do Zé Augusto.

s e n t i r   pelo   s e n t i d o

Já por inúmeras vezes aconteceu pensar ou sentir alguma coisa que já foi sentida ou escrita. Aliás, continuo a achar que tudo o que escreva ou tudo o que venha a sentir já foi escrito ou sentido. Não pelo uso das mesmas palavras, mas pela tentativa de escrever as mesmas situações ou emoções...
Já me revi em livros, em peças de teatro, no cinema, até mesmo a assistir o grande prémio do Porto. Já me revi nos blogs e em situações de outras pessoas...e não!, não me reconheço como um camaleão.

Não falo especificamente daquele acidente ou daquele "aqua-planning", ou daquele peão em que ficamos com os semáforos fotografados no retrovisor...com certeza já todos passamos por situações em que nos tentaram virar ao contrário, e a embalagem resistiu.

Não falo do que construimos, sem dúvida que existe por aí muita criatividade...muita coisa que nos continua a surpreender. Não falo da procura de um pedaço de lógica de algoritmia; não!; nesse campo, quem é da área procura na net...afinal não dizem que está tudo lá?", e na maioria das vezes está mesmo...se não está a solução está o problema! (tolero admitir uma margem pequena que é capaz de não estar, mas sublinho a dúvida).

Afinal todos sabemos o que é a amizade, e todos a sentimos e dá-mos de maneira diferente...afinal já todos amamos, e amamos de maneira diferente ...mas afinal o que está implicito não é igual?, a paz ou o frenesim não são sempre ingredientes que procuramos sentir?...Não é verdade que esses e outros sentimentos evoluem quando os voltamos a sentir?

Ou será mesmo que a ideia que temos;
que nós sentimos maior,
que temos uma rebeldia maior,
que partilhamos mais,
que somos mais companheiros;
não obedece apenas à definicão que dá-mos ao normal?

"Tudo me acontece!", é dito por tanta gente ....Bem, se esse "tudo" acontece; não deve ser único... ou querem ver que essas pessoas me andaram a enganar até hoje? ou estão elas enganadas? Ou será mesmo só a nossa língua que tem estas expressões, e que sem qualquer censura as usamos?

Eu acredito e gosto de pensar que naquela velha casa, que agora está a ruir, já alguém sentiu o que sinto e se calhar até já o escreveu.

E afinal, quem já não sentiu gostar mais de si próprio por ter gostado tanto de um outro alguém?



De José de Almada Negreiros, um poema que sempre me agradou e agrada ler.

"Homem transportando o cadáver de uma mulher!”

Quis-te tanto que gostei de mim!
Tu eras a que não serás sem mim!
Vivias de eu viver em ti
e mataste a vida que te dei
por não seres como eu te queria.
Eu vivia em ti o que em ti eu via.
E aquela que não será sem mim
tu viste-a como eu
e talvez para ti também
a única mulher que eu vi!

sábado, 14 de julho de 2007

"tens tantas curvas, que até me despisto!"

Ainda lembro os dias em que corava com um piropo, entendia-os com a legitimidade possível dos limites da liberdade de expressão; mesmo quando mais atrevidos...eram educados!

Quem é que já não soltou umas boas gargalhadas por causa de um piropo...quem não se sentiu de peito bem inchado?
Não sei o que se passou com esse piropo, mas também não penso criar a campanha do "ajudem a encontrar o piropo peito inchado!", não! o melhor mesmo, é extinguir a origem e acreditar que um dia desapareçam os derivados.

Lidar com piropos hoje em dia?
Uns passos mais largos e afasta-se rapidamente a situação e sem direito a comentários...isto porque tentar repreender ou fazer contra-piropo é correr o risco de passar de boas** a mal amanhadas e ainda ser insultadas...não é pelo risco é mesmo pelo que a situação possa ser agravada.
**(leia-se "Oh! bouã!" e com sotaque portuense; pensem lá e não me digam que não é arrepiante)

Posso até aceitar o piropo como um indicador de crescimento, faz parte do dito "(B)otar corpo" como se fala por aqui, pelo norte...
são legítimos,
vá... simpáticos,
... aceitáveis,
... doentios,
vá... hoje em dia são mesmo maus ( Se fosse o Ricardo dos Gato Fedorento a passar esta mensagem, penso que seria mais ou menos isto)

"Estás muito sexy, parece que estas de combinação" foi o que foi dito...
Um homem que nos brinda quase diariamente com expressões muito muito engraçadas. Não! esta frase não foi dita nem entendida como um piropo...mas foi por isso que me lembrei do quão inconveniente se tornaram...

Achei que uma expressão que combina sexy e combinação é no mínimo desconcertante. Poderá ser uma ideia pré-formatada, mas o que visualizo de uma combinação é tudo menos sexy. Fez-me recordar a minha avó paterna que tinha olhos de uma cor quase cinza... não eram verdes... não eram azuis, eu sempre os vi cinza...felinos, lindos!, pena que não fiquei com esse cromossoma...ele há dias assim :)
Consigo visualizá-la de combinação, e não sei se é por ser a minha avó, mas não consigo realmente usar a palavra "sexy", para a "telinha" que tenho agora a passar diante dos meus olhos...Não! não é por ser minha avó, é mesmo porque a combinação espanta qualquer pensamento mais atrevido. Era meiga, era linda, distribuia paz e amor com tudo o que era, mas a minha avó não era nada desses adjectivos e estas modernisses que usamos agora. :)
(e acabei de ter aqui na sala, afundada num pouf, com o portátil em cima dos joelhos, um momento lindo a recordar esta telinha :)

Esta é uma frase que definitivamente não obedece ao piropo standard.
Esta não consta daquela lista que mentalmente percorremos, quando alguém olha e faz com que o 1º músculo da boca se mexa.
Sim! cada mulher poderia publicar o manual do piropo fácil, até lhe poderíamos chamar mesmo de "piropada passo a expressão" e fazer mesmo a inclusão do passo a expressão no título da compilação. Até porque a combinação de palavras passa invariavelmente pelo "boa" (e nunca empregue no sentido de boa pessoa) combinada com uma acção de intimidade ou então com um verbo que sugere comida. O piropo deixou de ser elogioso e passou a ser mesmo insultuoso...

"És boa como o milho! Anda cá que eu transformo-te em pipoca!"
(Confere o "boa", confere a comida e está lá... a acção) confere e é podre! é revoltante!

Poderiamos fazer aquelas reuniões tipo "esqueletos no armário" e construir uma verdadeira enciclopédia...tenho que ser dura, e dizer que no campo da demência seria o verdadeiro "best-seller".

Não quero fazer nenhuma campanha de sensibilização, mas gostava de instituir a festa de despedida da "piropada passo a expressão", com direito a regulamentação e sanções penalizatórias em Diário da República. Uma festa tipo despedida de solteiro, sem aqueles adereços do mesmo nível da piropada passo a expressão", onde obtinhamos um certificado... um selo...uma tatuagem, facilmente identificável que sugerisse a leitura "piropada não...validade expirada"...

Bem, resta-nos sempre esperar que a idade e as suas marcas resolvam o assunto...mas isso também não me conforta nada! Qualquer dia escrevo sobre isso, sobre o segundo que me fez sentir de forma diferente...terei que me sentir mais confiante e mais acreditada, do que afinal eu sei que acredito... e foi pela desacreditação que esse segundo deveras me moldou!

E agora sim, talvez porque a veia da crítica já não está tão dilatada, vou "piropar" o meu blog. Por ser um atropelamento, por fazer tantos desvios no uso das palavras, por estar a crescer, e antes que se regulamente "o não à piropada passo a expressão", ...

"tens tantas curvas, que até me despisto!"

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Cada um tem aquilo que merece, ou aquilo a que se presta?

Se há frase que me encolhe o espiríto é mesmo esta...”cada um tem aquilo que merece”.

Com a agravante que é uma frase que insiste em ficar no ouvido. É quase tão persistente como ouvir "como o macaco gosta de banana" antes de dormir (por indicação de uma loucura furtuita de uma amiga), e acordar e continuar ouvir que o macaco continua a gostar de banana... é verdade! a semana passada passei mesmo por esta situação e ainda bem que nunca tive o hábito de assobiar ou cantar no banho...mas senti-me insana logo ao acordar... desenganem-se os que achavam que as insanidades estavam reservadas para o horário do lanche :)

Cada vez que oiço a frase “cada um tem aquilo que merece”, que penso “ei-la novamente, voltei a prestar-me ouvi-la”.

Mais me recrimino quando sou eu a dizê-la... qualquer que seja a situação,boa ou má, que leve a esta resposta, torna-se uma situação mais diminuida. ..é mesmo aquela tipica frase que considero sem grandes julgamentos uma frase desprezível, ...ou estou a desprezar o mérito, ou a injustiça de alguém... afinal as pessoas é que são importantes, eu tento sempre fazer desse o mote do meu dia.

É oficial, a partir de hoje sempre que ouvir ou pensar nesta frase, já tenho o meu update mental para a substituir “tenta sussurrar e nao me deprimas!” , isto porque “cala-te!, já que me desprezas, não me diminuas!” é agressivo, mesmo que seja apenas eu a ouvir-me.

Eu como a maioria das pessoas que conheço, acho que não tenho aquilo que mereço, mas tenho sem dúvida aquilo a que me presto...

Se eu tivesse o que mereço????...
uh lá lá... teria um salário quase milionário para poder fazer check-in , check-out pelo menos umas 4 ou 5 vezes por ano. Merecia igualmente os dias de férias necessários para essas viagens.

Bom mas eu tenho aquilo a que me presto, e consigo sempre sorrir na análise que faço. À parte do salário quase milionário e mais algumas grandes coisas que gostaria de fazer, e de algumas demências que os auriculares por descuido ainda me deixam ouvir, aquilo a que me presto é mesmo o que quero merecer...e são tantas as vezes que o meu coração salta como só ele o faz, das alegrias que sinto.

Um vinho do porto é o que me vou prestar agora merecer :)

quarta-feira, 11 de julho de 2007

o atropelamento de ideias...Km 1

Inicialmente pensei em escrever um livro, pensei fazê-lo naquela idade em que achamos que tudo o que pensamos poderia ser passado por escrito e que alguém um dia teria não só interesse em publicar como em ler... como se pudessemos fazer a diferença?!...e é afinal na diferença que todos nós somos e nos vemos como partes de iguais...afinal sou o produto dos meus pais, do meu irmão, dos meus avós, sou o produto dos meus amigos, da cidade onde vivo, das viagens de adrenalina porque anseio ver alguém, mesmo dos sitios onde bebo a vodka preta, ou o meu café curto em chavena fria, das pessoas que simpaticamente me atendem e que muitas das vezes acabo por os “levar dentro daquele lugar”... dos amigos, e este sim é muito especial para mim.

A idade e a experiência ensinou-me que a diferença que eu posso fazer é por mim e pelas pessoas que gosto...e não sei se não será já demasiado pretensioso pensar assim...afinal a ideia que tenho de mim é sempre num corpo adolescente-adulto.

Quando ainda pensava no livro, pensava também que era um projecto que teria uma derrota logo na partida...não sou um contador de histórias! Não consigo escrever uma página sobre o bem estar que se tem com um momento...para mim a sensação de bem estar é por si só esclarecedora. Isto sempre me trouxe alguns problemas,isto de falar e achar que o que não foi dito foi sub-entendido. Obviamente, lá chega o dia em que percebemos que a ideia que passamos não foi sequer o primeiro rascunho do que queriamos dizer...e depois sempre encontramos alguém que também pratica a conversa do “faço-me entender” e que acabamos por ficar com a fotografia e não com a ideia real do que foi fotografado.

Bem mas eu gosto de escrever e porque não fazer um blog? ora um blog, ora um blog até é fácil e rápido de criar...mas depois como se vai sustentar o blog? E terei algum atropelamento para partilhar sem me despistar? tenho sempre o meu silêncio para me reservar, e agora tenho sempre este espaço para fazer justiça a este nome.

O resultado é evidente criei o blog! Decidi que os compromissos virtuais às vezes são mais de mim, que o medo de descordenação de ideias.

Será pelo menos a garantia de que não perco o backup das ideias.