O Paralelo Seguinte...um no frio e o outro no quente

Tenho andado "meio-triste"..."meio-triste" porque não há título para esta condição...não chega a ser triste e não chega a ser alegre de se sentir.
Idêntico aquelas fases em que não se está deprimido; ou então se está deprimido à demasiado tempo que já não se sabe reconhecer ... e muito menos a causa que instalou esse marasmo nos "sentires".

Mais triste do que este sentir é sentir-se vazio...
É quase como o sabor acre (acre da saudade do momento que acaba de acontecer) que se retém após ter uma relação "esgotante" de demasiado boa, em que um está no quente e o outro está no frio... acalma a líbido mas não a diminui!...como se de temperatura e graus celsius se tratasse, como se essa relação exigisse um processo de conversão para graus farenheight* , como se fisicamente amasse alguém em paralelos diferentes e conseguisse por ilusão sentir o toque, o carinho, o respeito, o amor ausente.

Não sei porque estou a tornar isto público no meu blog...mas sinto esta necessidade de gritar um bocadinho além deste silêncio que me faz sentir ausente...vazia.
Uhm vazia...eu que não acho possível sentir mais além daquilo que sinto (e no entanto sentimos sempre mais além )... é imenso!...é sempre imenso quando somos nós a sentir! E é vago o que quero publicar.

E mesmo assim vou escrever as palavras que teimam visualizar este raciocinio.
O mar revolta-se, acalma revira a areia... a areia existe ali por causa dele...
O mar leva...trás a areia...
O mar tem vida...a areia mexe-se desse viver.

Não é possível esquecer este mar, é demasiado grande...demasiado extenso...e eu escolhi um lugar neste paralelo para viver perto dele....
Embora não me mexa, não me leve e não me devolva...nunca me vou despedir dele.
Mesmo que este assunto me incomode, é lá que eu um dia gostava de me eternizar.

Um apontamento:
[* farenheight = 32 + ( 9 * Celsius/5)]